domingo, 19 de junho de 2011

ENERGIA

Primum movens (primeiro, está o  movimento), exclamou o primeiro filósofo que apreciou o movimento, provavelmente Heráclito. O mundo, o homem, as coisas, estão em incessante transformação. "As coisas são como um rio, o há nada permanente". Tudo é um eterno vira-a-ser.

Esse filósofo reconhece, todavia, que o devir também tem sua causa e obedece a uma lei.
A lei que regula os movimentos e que é a causa da ordem e da harmonia das coisas é a razão universal, o logos. Para Heráclito, o logos não é uma realidade transcendente nem uma inteligência ordenadora existente fora do mundo, mas algo imanente, uma lei intrínseca, existente nas coisas. Esta lei imanente nas coisas é, para Heráclito, o Deus único.


Em linguagem de nossos tempos podemos dizer que, para que haja movimento, é necessário uma causa, e esta causa manifestante é a energia. Tudo que existe como fenômeno manifestado, existe em função da energia, pois o próprio existir significa que algo saiu de uma causa, foi movimentado para fora...

No campo da Ciência, a energia surge nas mais diversas formas, de acordo com o campo em que se manifesta. Assim, temos energia cinética, térmica, luminosa, química, sonora,  nuclear, elétrica, magnética, gravitacional, etc.. Há, também, formas de energia mais quintessenciadas, tais como a energia do pensamento, da vontade, do Espírito, que aparecem como características específicas da realidade do Espírito.

No entanto, a essência da energia nos é desconhecida, sobretudo as formas mais sutis se nos escapam, pois não conhecemos intrinsecamente a energia gravitacional, a magnética, a
do pensamento ou a da vontade, por exemplo, as quais nem sabemos se são vibratórias. Ainda não conseguimos saber se a energia gravitacional tem freqüência determinada, o mesmo acontecendo com a magnética ou com a do pensamento, embora tudo nos leve a crer que a energia do pensamento seja de natureza radiante. A Física a define como uma força. E força é tudo aquilo capaz de produzir trabalho.

Prosseguindo, fizemos leve abordagem sobre a energia e suas equações clássicas da Física Quântica, no capítulo referente ao binômio matéria e energia e sua reversibilidade, já tratadas no livro Espírito/Matéria. Nesse capítulo vimos que a matéria pode transformar-se totalmente em energia livre, da mesma forma que esta, teoricamente, pode condensar-se em matéria sólida.

A célebre equação de EINSTEIN W= mC2 define esta transformaçã o. Por ela, sabemos que
um grama de massa material acumula a fantástica energia de 25.000.000 de Kwh(Kilowatt-hora).

As formas de energia variam constantemente e podem ser aplicadas sobre todos os objetos materiais existentes no planeta, da mesma forma que sobre os objetos imateriais de existência ontológica comprovada - os Espíritos - variando apenas as dimensões matemáticas compatíveis.

Dessa forma, podemos “aplicar” energia sobre os Espíritos com resultados surpreendentes, necessitando unicamente que essa energia esteja nos parâmetros desses espíritos.

Não teríamos resultado algum se déssemos um tiro de arma de fogo sobre um espírito, por exemplo, pois o projétil, que é um objeto material, encontra-se na dimensão física, e mesmo que esteja animado de intensa energia cinética, jamais poderá lesar o ser imaterial.

No entanto, a energia do pensamento e da vontade irá atingir em cheio uma entidade espiritual, como vemos diariamente.

A prática espírita está adquirindo conotações novas, em nossos trabalhos, precisamente porque estamos abrindo este capítulo novo na Física e na Medicina espiritual, pelo tratamento racional, em moldes altamente científicos, através da Medicina do futuro próximo - que será a Medicina do Espírito.

Fonte:  
Texto extraído do livro Energia e Espírito (capítulo 2). 
Autor: José Lacerda de Azevedo
2a Edição - Porto Alegre, RS - Comunicação Impressa, 1995

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