quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EVOLUÇÃO HUMANA E O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE CONGÊNITA

Viver é um processo de solução de problemas (até mesmo para uma ameba). KARL POPPER, Filósofo austríaco (1902-1994)
 Para o Instrutor Barcelos, no livro Obreiros da Vida Eterna, ditado pelo Espírito  Andre Luiz e psicografado por Francisco Candido Xavier,  “Precisamos divulgar no mundo o conceito moralizador da Personalidade Congênita, em processo de melhoria gradativa, espalhando enunciados novos que atravessem a zona de raciocínios falíveis do homem e lhe penetrem o coração, restaurando-lhe a esperança no eterno futuro e revigorando-lhe o seu em suas bases essenciais. As noções reencarnacionistas renovarão a paisagem da vida na Crosta terrestre conferindo a criatura não somente as armas com que deve guerrear os estados inferiores de si própria mas também lhe fornecendo o remédio eficiente e salutar.” 
Personalidade é a organização dinâmica dos traços no interior do eu, formados a partir dos genes particulares que herdamos, das existências singulares que suportamos e das percepções individuais que temos do mundo, capazes de tornar cada indivíduo único em sua maneira de ser e de desempenhar o seu papel social. Congênito é o que nasce com a pessoa sem ser, necessariamente, hereditário.
Assim Personalidade Congênita é a organização dinâmica dos traços no interior do Eu  e que servirá para a construção da nova personalidade com a qual o Espírito interagirá com o mundo material.
Esta constante renovação indica a evolução do conhecimento e da consciência humana.
Clare Graves, americano, professor de psicologia do desenvolvimento durante 30 anos, fez uma pesquisa acompanhando milhares de pessoas buscando definir o que é ser um adulto psicologicamente saudável. Como resultado de sua pesquisa ele chegou a Espiral do Desenvolvimento e denominou seu sistema de Modelo Emergente Cíclico de Hélice Dupla do desenvolvimento de Sistemas Biopsicossociais Adultos.
Emergente – vai emergindo e evoluindo ao longo da vida da pessoa.
Cíclico – alterna da preocupação individual (interna) com foco no Eu para a preocupação com o coletivo (externa) com foco no nós.
De dupla hélice – para cada condição de vida que a pessoa está enfrentando existe uma condição neuropsicológica de resposta adequada.
Sistemas biopsicossoais adultos – fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Seus dois principais discípulos acadêmicos, Don Beck e Cris Cowan aprofundaram os estudos e criaram o Vmemes que é um sistema de valor essencial, uma visão de mundo, um princípio organizacional que permeia estruturas de pensamenos, sistemas de tomada de decisão e varias expressões da cultura. Vmemes são inteligências adaptativas essenciais.
Eles colocaram cores para identificar os vários sistemas de pensamentos construídos desde a época dos homens primitivos e que ainda existem no psiquismo humano. São eles:
BEGE
      Automático, autista, instintivo
      Foco na satisfação de necessidades biológicas
      Pouca consciência do eu como um ser distinto
      Vive da terra como os outros animais
      Satisfaz necessidades fisiológicas
      Base dos bandos de sobrevivência
      Não existe mais em condições normais

ROXO
Surgiu a 50 mil anos
·         Primeiras conexões entre causa e efeito
·         Conexões entre pessoas formando tribos.
·         O mundo é um lugar mágico com seres espirituais e sinais místicos. 
·         Sacrifica-se para satisfazer os desejos dos mais velhos, dos espíritos e dos ancestrais para ganhar segurança e sobrevivência num mundo ameaçador.
Vermelho
            Surgiu a 10 mil anos  
·         Satisfaz imediatamente impulsos e sentidos.
·         Luta agressivamente e sem culpas para romper limites
·         Não se preocupa com conseqüências.
·         Vive o momento, aqui e agora.
·         A causa de todos os fracassos e dificuldades é exterior.
·         Sentimento de onipotência.
·         Base de tiranos fortes e impérios feudais.
Azul
           Surgiu a cinco mil anos
·         Traz ordem e estabilidade para todas as coisas.
·         Controla impulsividade com culpa.
·         Lei e Ordem imposta.
·         Impõem princípios de vida virtuosa.
·         Plano divino define os lugares das pessoas
·         Surgimento das Cruzadas
·         Base das nações antigas
·         Religiões e igrejas, forças armadas

Laranja
             Surgiu a 300 anos
·         Luta por autonomia e independëncia
·         Almeja a boa vida e abundância material.
·         Progride buscando as melhores soluções.
·         Joga para vencer e aprecia a competição.
·         Acredita na ciência e na tecnologia
·         A autoridade repousa em experiências e provas
·         Não aceita dogmas.
·         Utilitarista,pragmático, orientado para resultados.
·         Base dos estados corporativos.
Verde
           Surgiu a 150 anos
·         Explora seu Ser Interior e o dos outros
·         Promove um sentimento de comunidade e cuidado
·         Compartilha os recursos da sociedade entre todos
·         Abraça a diversidade e o multiculturalismo
·         Considera todas as hierarquias opressoras
·         Libera os seres humanos da ganância e dos dogmas
·         Decide pelo consenso
·         Restaura a espiritualidade
·         Base das comunidades idealistas

Na luz

Ensinaram-me que somos luz e que, portanto, devemos fazer brilhar a nossa luz!

O que é fazer brilhar a nossa luz? É colocar para fora o que temos em nosso interior? É encontramos o que há dentro de nós? É nos enveredar pelo nosso interior, nos desabrochando e nascendo para a luz que brilha intensamente bonita, clara, divina, resplandecente? O que nos embaça? O que nos impede de enxergarmos nosso inerente brilho? 

Ah! a vida moderna... rica de metas espetaculares e cada vez mais inatingíveis ou tangíveis e pobre de ações robustas e profundas. Cada vez mais ágeis, antenados, modernos e mais distantes, supérfluos, ilhados. Nos unimos em guetos e não mais em grupos, criamos subpersonalidades para lidar com cada faceta de nossas vidas sem levar em conta que somos um, no agora, no presente. Quanto mais modernos, mais dissipados.

Então procuramos nos encontrar nos amores, nas academias, nas clínicas de estética, nos bares, nas baladas e voltamos para casa insatisfeitos, inseguros, ínfimos, sem luz.

Invariavelmente nos voltamos para fora. Ok, é na coletividade que temos o referencial de individualidade. Mas, até que ponto o outro é meu espelho?; até que ponto é através dele que me enxergo, que distingo o que quero e o que não quero, o que sou ou o que não sou?

O mergulho interno nos faz mais individuais, não é que não devamos contar ou nos utilizar de referências externas, mas até que ponto nos deixamos levar pelo que o outro é, ou pelo que ele pensa que é, ou pelo que achamos que ele pensa que é? Sim, é um labirinto, uma trama de palavras: entre perguntas e respostas que, talvez, nenhum dos dois saiba, de fato, responder.

Quanto mais nos mascaramos, mais nos embaçamos. Quanto mais nos afastamos, menos nos entendemos. Quanto mais olhamos para o mundo de forma superficial, mais nos tornamos artificiais e sem sentido.

A luz também é uma escolha. Tudo de fato é. Cada qual segue seu caminho quando soa o sinal do despertamento. Às vezes doloroso, solitário e aí clamamos ao Universo questionando o porquê de tanto sofrimento. E nos esquecemos de rever como, quando e onde contribuímos. Mas o que realmente importa nesse estágio é que a hora do despertar se inicia e aí, enfim, mergulhamos infinitamente dentro de nós mesmos. Não importa quanto tempo leve para isso ou o que nos leva para isso. Comumente é a dor, ainda!

Enfim, chegamos ao retorno! Retorno que nos permite enxergar a luz, à princípio opaca, mas que calma e buriladamente nos faz surgir quando iniciamos a limpeza da poeira dos enganos, das teias do afastamento, do bolor do descaso.

E começamos a enxergar a nossa luz, constituinte e constituída e agora construída, reforçada pela certeza do rumo e na esperança do retorno à estrada evolutiva.

Busquemos sair dos nossos enganos, por que o mundo moderno é este: uma mistura do ontem e do amanhã, da reparação e da regeneração. E a partir de nossa escolha nos enquadraremos em um ou em outro para viver o agora, plenamente. 

E, aí, então, fazer brilhar a nossa luz.

A cada dia um passo, mas esse passo precisa ser a cada dia mais firme!

Sigamos!

domingo, 7 de novembro de 2010

O que dizer?

O que dizer diante da dificuldade  - tão normal, mas tão persistente - de executar aquilo que aprendemos, que cremos, que sabemos ser o melhor caminho; aquele da evolução, sabe? Aquele que temos certeza de que nos fará melhor e, de fato, aquele que queremos realmente caminhar.

O que dizer a nós mesmos quando percebemos que aqueles pensamentos que não desejamos mais ter; aquelas conclusões que não são as melhores; aquelas críticas que surgem e que nos deixam perplexos diante do teor das questões; aquelas instruções dadas mentalmente a pessoas que fizeram isso ou aquilo mas que deveriam fazer outra coisa, coisa essa que, ao nos darmos conta, verificamos que não passam de atitudes viscerais que não levam a nada, somente nos deixam estagiando na negatividade, no desamparo do Alto, no nada.

O que dizer aos que estão mente a mente ou dentro da nossa mente? Quem ou o que é ou quais são? O que acontece com aquilo que absorvemos de melhor?

Vivemos imersos num mar de energia seja negativa ou positiva, somos ímãs que se conectam com o que está na mesma sintonia. Quem dá o pontapé inicial a esse casamento? Nós. Alguém pode perguntar, mas se estamos nesse conflito, como estaremos aptos a dar o pontapé? Poderia responder que se estamos num conflito já estamos em um bom caminho, afinal existe um pouco lá e um pouco cá. Poderia dizer que é não é fácil, mas sempre é possível. Mas vou dizer - sinceramente - que essa fase nos corrói; que nos deixa às vezes irritado; às vezes cansados; às vezes propensos a se deixar levar pelo dia, pelo pensamento, não lutando, não questionando; às vezes nos impulsionando a dizer bem alto: não! Eu já escolhi fazer melhor ou como o "pequeno" frade disse: escolho fazer a coisa certa (estava implícito em sua frase: doa o que doer!).

 O que dizer?

A primeira coisa a dizer - penso - é: você está sozinho na escolha, mas não está desamparado. Ao nosso lado, além dos exemplos (como o mencionado acima), estão aqueles que vivem conflitos como esse: homem velho x homem novo; personalidade atual x múltiplas dissociadas contrárias; eu x o "inimigo"; o bem x o mal; a velha era x a nova era, então, não é uma exclusividade nossa, o que nos torna seres normais e simples em conjunto num caminho despertante. Essa primeira afirmação não é para servir de consolo, é apenas o que é - um fato. Muitos já disseram; diante dos fatos não há argumentos. Meio caminho andado, afinal se sentir isolado ou "escolhido" para sofrer não é nada agradável, tampouco sensato.

A segunda coisa é que se não estamos sozinhos podemos nos aliar - não esqueçamos, juntos somos mais! Aqui também é uma questão de escolha, aliás sempre é - não tem jeito. Procurar mentes que pensam como nós, que vivem o que vivemos nos permitirá sentir o gostinho da "normalidade" tão saudável e necessária nesse momento.

A terceira coisa é seguir o conselho da vigilância e da oração. No primeiro caso, é uma decisão que nos leva a um trabalho constante de observação e reparação: ao observarmos pensamentos, críticas negativas: mordazes ou não, discussões mentais, orientações e brigas mentais em relação a outros, desânimo,  cansaço, é importante partir para a reparação, desfazendo mentalmente cada uma dessas situações. Às vezes fazer perguntas como estas nos trazem para o presente e para o refazimento necessário: Por que estou pensando assim? Por que acho que faria melhor? Por que estou brigando com ciclano? Fulano e Ciclano querem / podem mudar? Por que quero que eles mudem? Controle? Sou mais sábio/ esperto/ capaz / abençoado do que eles? Por que estou me metendo nisso? Quem está pensando / brigando / criticando / controlando agora? O homem velho / as múltiplas dissociadas contrárias / o "inimigo" / o mal / a velha era? Quem está no comando de mim mesmo agora? No segundo caso, nos conectamos com algo maior, que nos alinha e alivia, porque saímos do burburinho mental e escolhemos uma "estação" com menos interferência.

Uma quarta coisa a dizer é "esteja no presente", mas antes disso reflita: você quer continuar no caminho árduo e maravilhoso da renovação? Se a resposta for negativa, ok - a escolha é sempre sua, temos um longo caminho pela frente, que nunca nos é imposto, porque não seria válido. Se for positiva, bem vindo ao clube: se precisar de companhia siga-me que eu te sigo também. Se posso dizer algo no sentido de estar no presente é: medite. Reserve 15 a 30 minutos pela manhã e antes de dormir, essa prática nos habitua a mergulhar em nós e a aprendermos a nos observar e entender. Quanto mais nos percebermos e conhecermos, melhor. Quem nunca ouviu aquele conselho antiquíssimo "conhece-te a ti mesmo..."? O corre-corre da vida moderna não nos permite tempo? Mas não disse que sempre escolhemos? Que é árduo, mas é maravilhoso? O pontapé inicial é sempre nosso, sempre, definitivamente, necessariamente. Pense sobre isso e chegará a seguinte conclusão: ainda bem!!!!!!!!

Uma última coisa: somos complexos demais, não espere coisas simples. Discernimento e paciência. Leia e viva isso. Digo leia, pois é uma ótima dica. Não se dê desculpas, priorize! Mas antes reflita compenetradamente: o que eu quero?

Precisamos uns dos outros: a caminhada é individual, mas no caminho cabe mais um!

O que dizer?   
 Em frente!       Enfrente!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Refletindo com Einstein

Por Ana Machado Teixeira - ana.machadoteixeira@yahoo.com.br


Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela.

Albert Einstein

O que nos diz Einstein nessa pequena frase?

Parece meio óbvio que silenciar nos permite ouvir melhor e perceber o que estava ali, bem na frente de nós. Já dizem os antigos... temos dois ouvidos e uma boca. Não lembro quem me disse há algum tempo que aos pares podemos incluir os olhos e até o nariz com suas duas narinas: Oh! boca tão solitária! Ou seja, para percebermos algo precisamos silenciar - fechando a boca ou "calando" os pensamentos. E como fazer isso?

Desejo falar sobre o mergulho a que o cientista se refere. E, para isso, lançarei mão de algo que - por experiência própria - tem me trazido exatamente essa sensação: a de um mergulho em profundo silêncio.

O profundo silêncio não significa distanciamento - ao contrário - significa presença, atenção, estar desperto para si mesmo, em conexão consigo. Aliás, em profunda conexão que, ao contrário de nos alienar, nos devolve a lucidez. E a lucidez nos devolve a verdade que se revela ou, se preferirmos, a verdade que, a partir daí, nós permitimos se revelar.

O exercício meditativo não é algo novo, é algo milenar. Temos referência dele seja nas Escrituras, seja nos textos orientais. E de lá para cá sempre continuou em voga, mesmo que um pouco distante do nosso mundo ocidental. E como tudo é cíclico só que em movimentos espirais, retomamos com outras nuances tais referências. A intensidade e a diversidade dessas nuances são simétricas ao tamanho dos problemas de toda sorte que surgem por conta desse distanciamento de nós mesmos. Ao construirmos mil faces para se adequar às situações com as quais nos vemos impingidos a seguir, em prol de uma "vida melhor", promovemos um desacoplamento de nossa essência e um afastamento de nosso planejamento inicial.

De acordo com as urgências modernas, temos de ser melhores em tudo, não como resultado de uma busca de qualidade, mas como uma busca insana por resultados que, invariavelmente, não temos tempo de usufruir.

Mas tudo isso já foi dito e escrito inúmeras vezes e nós, muitos (talvez um número menor) de nós já tem consciência da necessidade desse despertar ao qual a nova Era nos clama e que começa a raiar como um lindo amanhecer. Percebemos em vários lugares e situações os sinais dessa transformação positiva.

E é por isso mesmo que diante da frase de Einstein com que me deparei hoje, considero que a meditação é uma grande aliada que nos permite estar conectados conosco e com essa nova Era. Somente mergulhando profundamente em nós mesmos, nos aquietando atentamente é que conseguimos ouvir a nossa essência sutil e é mergulhando em nós mesmos que nos percebemos imersos no campo divino, onde a sintonia nos conduz a caminhos que sequer imaginamos.

Considero a meditação uma maneira altamente produtiva para acertarmos o passo no caminho da evolução. Mente atenta, no presente e com equilíbrio.

Sigamos em frente, então, com a disposição imprescindível para pôr em prática no agora o que pode fazer a diferença no sempre.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Fascinação, a obsessão prazerosa

FASCINAÇÃO,  A OBSESSÃO PRAZEROSA
Ruth Barbosa – ruthbar@uol.com.br

Fascinar é, segundo o dicionário, “o ato de dominar por encantamento, atrair irresistivelmente.  A ação de atrair, cativar, de provocar encantamento, enlevo, feitiço, ilusão ou deslumbramento leva o nome de fascinação”.
Kardec no livro dos Mediuns, coloca a fascinação como produto de “espírito ardiloso e profundamente hipócrita porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude”. E acrescenta que: “ os grandes termos – caridade, humildade, amor de Deus – lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinas de inferioridade que só o fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu interprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre”.
(Livro dos Mediuns, cap XXII,  item 239)
“O efeito do processo de fascinação vai dar na subjugação que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo”. (item 240)
São sempre confusos os conceitos de fascinação e paixão. Por isso falamos que estamos fascinados por alguém quando queremos dizer que estamos apaixonados. Kardec examinou a questão da paixão e no Livro dos Espíritos encontramos:
            907. O princípio das paixões sendo natural é mau em si mesmo?
            ¾  Não. A paixão está no excesso provocado pela vontade, pois o princípio foi dado ao homem para o bem e as paixões podem conduzi-lo a grandes coisas. O abuso a que ele se entrega é que causa o mal.
            908. Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más?
¾  As paixões são como um cavalo, que é útil quando governado e perigoso quando governa. Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar, e quando resulta num prejuízo qualquer para vós ou para outro.
Assim a fascinação pode ser facilmente confundida com a paixão. Seja por alguém, por uma obra de arte, por uma instituição, por um objeto,  por um modo de vida e muitas outras coisas. O processo obsessivo da fascinação não usa de violência, é sutil, usa entre outros instrumentos que nós mesmos colocamos a sua disposição,  a vaidade, o orgulho e nossos vícios mentais travestidos de virtudes. E provoca em nós o doce sentimento de ilusão!
Como gostamos de viver na ilusão! Como gostamos de ter razão! Como é gostosa a sensação de que somos reconhecidos, de que sabemos algo que não está, segundo a nossa vaidade, ao alcance de todos. Campo propício para a instalação de um processo de encantamento que fecha os nossos olhos para nossa realidade interna e, consequentemente, mascara a realidade externa. Coloca-nos na verdade do outro.
Ora, o que é a Verdade?
Para os gregos a verdade (aletheia) é o que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito do homem. É uma correspondência das coisas do mundo ao modo de pensar. Pode ser pensada como uma adequação do nosso intelecto as coisas ou das coisas ao nosso intelecto.
Na fascinação a pessoa passa a ver o mundo com a correspondência ao modo de pensar do fascinador, ou seja, com os sentimentos e emoções alheias. Kardec observou que o fascinado aceita as teorias mais falsas como se fossem a expressão da verdade e tal situação pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.
Interessante perceber que a palavra fascinação é usada como algo benéfico como, por exemplo, quando  nos orgulhamos de estarmos fascinados por uma pessoa, por um grupo e até por uma música. E o senso crítico que devemos ter em todos os momentos? Ah, mas não podemos criticar ninguém, apressam a falar os apressadinhos... Por isso devemos ter claros os conceitos, as palavras e as coisas do mundo. Do nosso mundo interno.
E o que é crítica? Vamos novamente ao dicionário que nos informa:  “v.t. Examinar, analisar uma obra para salientar-lhe as qualidades e/ou defeitos. / Ressaltar os defeitos das pessoas e das coisas; censurar.  Mas, assim como podemos salientar as qualidades de uma obra podemos examinar e  salientar as qualidades ou defeitos de alguém ou termos os nossos comportamentos criticados sem que, com isto, incorramos na censura”.
E o que é censura? Ainda segundo o dicionário, “censura é condenação”. E não podemos condenar porque não somos habilitados para tal. 
No livro Jesus no Lar, na Mensagem O Juiz Reformado, Jesus adverte que “Somente aquele que aprendeu intensamente com a vida, estudando e servindo, suando e chorando para sustentar o bem, entre os espinhos da renúncia e as flores do amor, estará habilitado a exercer a justiça, em nome do Pai”.
Mas podemos e devemos utilizar do senso crítico para nos orientar quanto a comportamentos sutis que podem estar representando uma fascinação a caminho da subjugação.
Na Revista Espírita de outubro de 1858, Kardec escreve que “Os Espíritos grosseiros são menos perigosos: reconhecemo-los imediatamente e não inspiram mais que repugnância. Os mais temíveis, em seu mundo, como no nosso, são os Espíritos hipócritas: falam  expressões carinhosas e em protestos de dedicação. É preciso realmente ser forte para resistir a semelhantes seduções.” (grifo meu)
Mas Kardec no mesmo artigo, orienta o que devemos fazer  “(...) Tirai-lhes a máscara e se tornam o que eram: ridículos. É isto o que se deve saber fazer, tanto com os Espíritos quanto com os homens”.
O processo da fascinação está sendo amplamente usado nestes momentos em que estamos de mudança para o mundo de regeneração e precisamos de muita atenção para não nos perder porque “Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espíritos, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem”. (Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 239)   
E só podemos ser fortes se tivermos senso crítico e observarmos tudo com prudência embora possamos, mesmo assim, nos transformarmos em joguetes destas mentes por causa de nosso desconhecimento das forças do passado que nos regem. Mais uma vez o Mestre nos dá o mapa do caminho: “Vigia e Ora”. (Mt. 26:41)
 E nós que nos propomos a colaborar para a implantação do mundo de regeneração, devemos ampliar nossa visão através do estudo e da observação de nós mesmos e buscar auxilio para determos processos que se implantam silenciosamente, acordando o passado e dando-lhe o status de presente, com seus projetos que não foram concluídos e oportunidades que foram perdidas, com vícios ainda ativos e sistemas de pensamentos completamente dissociados.
Copy desk by Aelius


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Uma nova possibilidade

Queridos amigos.

Existe dentro de nós todas as possibilidades que podem nos conduzir a vitória. Nada é mais certo de que nossa capacidade de atração, através da consciência, do foco e da concentração e da vontade direcionada (Somos verdadeiros imãs). Por isso é tão importante saber no que pensar, como agir e a quem ou a que estamos representando (aspectos bons ou ruins?)

Quando a essência de nossos comportamentos, agregados ou filiados à capacidade de amar está em foco, tal capacidade, que é o refinamento da emoção, permitirá o desenvolvimento da capacidade de transcender. E, consequentemente, estaremos aptos a fazer escolhas conscientes e mais duradouras, portanto sermos vitoriosos.

Abaixo m ótimo texto e um excelente final de semana para todos.

Ana


Uma nova possibilidade

Fernanda Leite Bião

Reencarnar é transcender a possibilidade de ser-em-si-mesmo. O ser traz em si vivências e segredos aprendidos em suas vastas peripécias existenciais
milenares. Ao nascer ou renascer, decidiu o Pai junto aos seus companheiros de trabalho e a pessoa reencarnante, que algumas memórias e habilidades ficariam restritas em seu componente psíquico. Assim, diante de uma nova existência, o ser poderia e pode ter a oportunidade de aprender e reaprender comportamentos. Nada nem ninguém está pronto e acabado. Tudo está em movimento e em construção. É preciso encontrar fagulhas de sentido nas novas experiências, para que, fortalecidas, possam render novos frutos renovadores, que possibilitarão ao ser a oportunidade de evoluir é uma tarefa árdua e necessária à alma.
A vida se assemelha a uma casa em que existem várias portas. Portas coloridas, transparentes, portas de vidros, de madeira, portas feitas de tecidos, portas de imaginação. Cada ser guarda a vocação ainda limitada de decidir. Limitada, pois não a conhecemos plenamente, pois, muitas vezes, nós a passamos a outros, para que realizem a escolha em nosso lugar e, diante disso, perde-se um momento belo de aprendizado.
Feche os olhos! Olhe em sua volta e perceba em sua vida quantas portas estão diante de você. Não tenha medo de imaginar, a imaginação foi uma instância de criação que desenvolvermos junto a nossa capacidade de pensar. Mas preste atenção, para não se perder nela. Use-a com cuidado!
Ouça o seu coração! O que ele diz busca direção e a necessidade de compartilhar com a razão. Não é verdade que sentimento e razão são inimigos ou desconhecidos. Ambos existem em integração. A separação, nós a damos.
Respire fundo e deixe a energia brotar em você, expandir em seu corpo e sair voltando ao seu lugar de origem: a natureza.
Perceba o movimento dentro de você. Coração bate e faz sons. Pensamento age e faz movimentos. A respiração lentamente acontece e você vai buscar pelos sentidos o que está externo a você. Isso se chama vida!
A vida não é ontem, não é o amanhã, mas é o que acontece agora. Você tem o poder do tempo de hoje, você tem o poder de se lançar à porta que realizar a sua escolha, mas observe, você tem uma consciência.
O que será que a sua consciência diz?
A consciência é a luz que foi colocada em nós para iluminar o caminho, para direcionar a respiração, sintonizar as batidas do coração, e, enfim, agir em uma direção.
Aqui estamos, eu, a consciência e a porta. Preciso clareá-la, para abri-la.
Tenho medo de não escolher o que preciso escolher, para de novo aprender. Como fazer?
Bem, de tudo que aprendi até aqui e até agora sobre mim, só tem uma coisa a fazer: abrir a porta! Sem não tentar como saber como aprender e como evoluir?
Tentemos!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cursos



















Sobre o IES

Nossa missão é...
Promover o crescimento do ser na esfera espiritual, mental e física, propiciando tratamentos terapêuticos e espirituais, estudos e atividades de diferentes tipos e características que visem seu bem estar físico, emocional e espiritual, bem como produzir conhecimento empregando metodologia específica a partir de estudos e pesquisas dos aspectos fenomenológicos do psiquismo humano.


Nossa visão compreende...
Ser o facilitador do processo de transformação do indivíduo, que passa a se ver como Ser Espiritual com toda a potencialidade divina e do processo de excelência da vida presente e de plenitude da consciência diante da natureza e da sociedade.

 
Nossos valores se pautam...
-no comportamento ético, bem humorado, paciente, tranquilo, moderado, franco, firme, direto, respeitoso, confiável, amoroso e compreensivo; 
-no tratamento entre os pares na base da igualdade e da transparência nas ações;
-no compromisso com o trabalho individual e conjunto;  
-no envolvimento com a missão do instituto; 
-no amar ao próximo como a si mesmo;  
-na vigilância e conexão com o presente e, sobretudo, na autotransformação positiva, buscando contribuir para a emergência de um mundo mais fraterno e solidário;  
-em produzir conhecimento e promover o crescimento do Ser sem distinção de raça, credo religioso, classe social, nacionalidade e concepção política partidária ou filosófica;  
-na retidão no que se refere ao compromisso com a espiritualidade Maior.


Atividades

IES
Endereço: Av. Beira Mar, 406, sala 601. Centro - Rio de Janeiro/RJ


- Segunda-feira às 19h30:
Tratamento Espiritual Apométrico com desdobramento múltiplo (a distância ou presencial) - Orientadoras: Ruth Barbosa e Sandra Camillo

- Quarta-feira às 19h30:
Reunião quinzenal de estudos (Orientadora: Ruth Barbosa)
Atual plano de estudos: Obreiros da Vida Eterna, Francisco Cândido Xavier.

Sábado às 15h:
Grupo de Estudos (Orientador: Laone Lago)
Filosofia aplicada ao desenvolvimento do senso crítico


Sobre o Tratamento Integrativo:

O Tratamento Integrativo é uma técnica terapêutica oferecida pelo Instituto e tem como objetivo tratar o Ser físico, emocional e espiritual, utilizando como recursos o atendimento apométrico, o TCMI e a constelação familiar, de modo integrado. Entre em contato conosco para maiores informações e agendamentos. 



Em andamento - Curso Preparatório para Próxima Encarnação IV (CPPE) 
Orientadora: Ruth Barbosa. Monitores: Adriana Zani, Fabíola Galvão, Juliana Ferreira, Laone Lago, Elisa Evangelista e Sandra Camilo.