domingo, 1 de julho de 2012

A nova ordem planetaria e a solidariedade - parte 2 - Convidado Denis Moreira

Para podermos conhecer um pouquinho sobre o Denis, seu trabalho e o que iremos ver no curso, segue um trechinho da entrevista dada por ele ao site da Lumén editorial, sobre o lançamento do livro de sua autoria: A grande transição da Terra - O sentido de urgência.

Quem quiser ter acesso à entrevista na íntegra, acesse o blog do autor, clicando aqui ou no site da editora, clicando aqui.

Denis Gleyce Pinto Moreira, ou simplesmente Denis Moreira, traz na bagagem um vasto currículo. Formado em Direito pela Universidade Federal do Pará, aprovado em vários concursos, hoje é advogado da União na Categoria Especial. É o atual coordenador geral do grupo de Integração da atuação judicial na defesa do meio ambiente e da regularização fundiária na Amazônia Legal - G. Amazônia, com ampla atuação no combate de ilícitos ambientais e fundiários em toda a Amazônia Legal. É casado e tem dois filhos.
Mas Denis ainda encontra tempo para se dedicar à pesquisa e ao estudo da Doutrina Espírita. Ex-voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida), atualmente trabalha, também voluntariamente, na ONG Sociedade Alternativa e no Grupo Amor e Caridade, além de ser o autor do blog Visão Espírita.

Agora, Denis lança seu primeiro livro pela Lúmen Editorial: A Grande Transição da Terra - o sentido de urgência, obra de fôlego que traduz em suas páginas as características de sua personalidade: seriedade, compromisso com o semelhante e com Deus. Uma obra para ler, estudar e aprender.


Site - Denis, por que escolheu o tema transição da Terra para fazer esse estudo?

Denis Moreira - Há muitos anos estudo tendências. Há mais de uma década que montei uma vasta biblioteca multidisciplinar para entender as transformações que estão em curso. O auge de meus estudos multidisciplinares coincidiu com uma série de mensagens do plano espiritual tratando da transição planetária. Imediatamente percebi que as tendências que estudava se referiam a este grande período de transformações. Percebi que as muitas informações do plano espiritual podiam ser comparadas, complementadas e confirmadas por várias áreas do conhecimento. Foi então que me propus a fazer o elo entre espiritualidade e ciência, integrando-os para melhor entender a realidade. Por outro lado, no meio espírita o tema Grande Transição tem sido abordado com foco predominantemente espiritual. Ao trazer uma extensa coletânea de informações de outros saberes, penso que este livro permite ao leitor ter uma visão geral, mais profunda e mais realista do que está realmente acontecendo e das tendências de futuro, permitindo-lhe exercitar a tríade de ouro: refletir, preparar-se e agir.

A nova ordem planetaria e a solidariedade: Fim do mundo ou dos sistemais existencias e sociais? - Convidada Erika Pires Ramos

O mês de julho de 2012 já chegou e com ele o terceiro módulo do CPPE/RJ e CPPE/JF. Sua temática será: A nova ordem planetaria e a solidariedade: Fim do mundo ou dos sistemais existencias e sociais? Para tanto, o IES terá a grande honra em receber dois convidados especiais: Érika Ramos e Denis Moreira.

Para podermos conhecer um pouquinho sobre a Érika, seu trabalho e o que iremos ver no curso, segue entrevista dada por ela a revista veja: 

Quando o clima se transforma numa forma sútil de perseguição
(Reportagem por Branca Nunes - clique na frase acima para acessar a reportagem diretamente da fonte)

No mês passado, 199 haitianos que chegaram ao Brasil em busca de refúgio nos meses seguintes ao terremoto que devastou o Haiti em janeiro de 2010 receberam uma boa notícia: não serão obrigados a sair do país. A incerteza durou quase um ano. Outros 800 aguardam a resposta do Ministério da Justiça.

Esse pequeno contingente faz parte da imensidão de 50 milhões de pessoas que, segundo um levantamento de 2009 da Organização das Nações Unidas (ONU), tiveram de deixar seus lares por problemas decorrentes de desastres naturais. Estimativas da própria ONU indicam que, em 2050, o número de seres humanos nessas condições estará entre 250 milhões e 1 bilhão.
Migrantes ambientais, deslocados ambientais, ecorefugiados e refugiados climáticos são algumas das expressões usadas para classificá-los. Aos poucos, refugiados ambientais parece consolidar-se como a mais usada. É algo mais que uma questão semântica. Da definição de um status, decorrerão os direitos que essas pessoas possam ter.

Kiribati e Tuvalu
Enquanto alguns especialistas propõem que o termo seja aplicado a todos que perderam seus lares devido a alterações do meio ambiente, outros preferem fazer a distinção entre quem se desloca dentro do próprio país e quem é obrigado a cruzar fronteiras internacionais. Também existem os habitantes de países que simplesmente desaparecerão, caso se concretizem as previsões de elevação do nível dos oceanos.

É essa a situação das ilhas de Kiribati e Tuvalu, no Pacífico Sul, e das Maldivas, no oceano Índico (ver infográfico). Em 2007, um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão vinculado à ONU, constatou que, se nada for feito, a temperatura do planeta poderá subir entre 1,8 e 4,0 ºC, o que implicaria um aumento de 59 centímetros no nível do mar ainda neste século. Os governantes desses países já estudam o que fazer com os 415 mil moradores.

A procuradora federal do IBAMA Érika Pires Ramos, que concluirá neste ano a tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) cujo título é Os refugiados ambientais: em busca do reconhecimento pelo direito internacional, afirma que o termo refugiados ambientais deve abranger tanto os moradores de Kiribati e Tuvalu, quanto os imigrantes haitianos que desembarcaram no Brasil. Ela também inclui nesse grupo os desabrigados e desalojados pelo terremoto no Japão e até os retirantes do nordeste brasileiro. “Se não existisse o problema climático ou o desastre ambiental, essas pessoas dificilmente deixariam suas casas”, argumenta. “Além da carga simbólica da palavra, classificá-los como ‘refugiados’ garantiria uma série de direitos”.