quinta-feira, 19 de agosto de 2010

E as coisas são como nos parecem

Heráclito, filósofo pré-socrático, disse que o homem é a medida de todas as coisas. E Jesus nosso modelo maior, pediu que brilhássemos nossa Luz. Ele não disse que um dia teríamos Luz, Ele nos disse que temos todo o potencial Divino em Nós. Só é necessário que encontremos a forma de fazer brilhar, cada vez mais, a nossa Luz, que é DEUS em nós.

Quando nos percebemos como Ser Espiritual, começamos a nos despedir do Ser que está. Desta forma, fazer uma releitura de nossa vida, das circunstâncias das quais fomos colocados, é vermos o carinho da Espiritualidade que nos acolhe e que busca as melhores condições, dentro do nosso padrão energético, para que apareçam as nossas dificuldades que devem ser mudadas para o salto do próprio padrão energético.
 

Este é um processo de mudança de padrão moral, existencial e físico.

Para que curemos nossas doenças da alma na busca do Divino que temos em nós. Em busca da integralidade da Essência que somos.

Assim, os grandes problemas que assolam a humanidade tornam-se soluções de massa e individuais, pois permitem o surgimento das "doenças existenciais". Como um bom exemplo, temos a depressão, nos seus diversos níveis, que atualmente assola a humanidade ocidental. E que é, nada mais nada menos, do que uma resposta às exigências e padrões equivocados de uma sociedade materialista ou religiosa fundamentada na punição e premiação, e não na Razão.

Uma sociedade com valores distorcidos cria o caldo de cultura ideal para o surgimento, individual, de sentimentos de impotência existencial, de arrogância, de prepotência, de recolhimento existencial como o autismo, por exemplo, de medos diversos. Muitos, para dar conta de sua existência, vão para as drogas, buscando aplacar a sede interna por uma existência espiritual, outros se tornam melancólicos, outros ainda buscam nas sua próprias relações a causa deste tormento, e desta angústia baseados no entendimento equivocado de que o meio nos faz. Apesar de Jesus ter nos dito, mais de dois mil anos atrás, que somos deuses em potencial.

E por que não buscamos essa divindade em nós? Por estarmos presos a eventos do passado, a sensações e sentimentos que alimentamos olhando para baixo, para nosso lado inferior e negando-nos como Potência Divina. E buscando, com grande necessidade, a aprovação do outro, o olhar do outro, para nos reconhecermos e abrindo mão de construirmos um sistema de escolhas que vise a nossa evolução existencial e espiritual.

E isso acontece porque queremos nos reconhecer como pessoa e não como Ser Espiritual que verdadeiramente somos. Pois personas já fomos muitas, e todos os que nos cercaram onde estão? Estamos nós com nossas dificuldades e conquistas, mais uma vez repetindo as experiências nesta bela escola que se chama Terra. Nós e todos os que nos cercaram e que estão em novos corpos e, às vezes, repetindo o mesmo enredo sem perceber que o cenário já não é o mesmo.

No grande espetáculo da nossa Vida atual, nós somos a persona principal. Todos e tudo são relativos. O cenário muda a cada ato, os personagens secundários também. Evidente que os figurantes podem permanecer no outro ato, e muitos permanecem, seja por raiva de nossa atuação ou pela admiração que nosso desempenho causou. Mas o papel principal é nosso. Se assim não fosse, imagina como seria caótico o enredo?

Décadas atrás, a física ensinava que o átomo era a menor partícula da matéria. Hoje, existem dezenas de partículas, que já existiam quando a ciência ainda não sabia de sua existência. Então, Fé é a confiança que estou escrevendo num computador e a certeza de que existe um movimento intenso de partículas em mim e nos objetos que me circundam. Que existem universos maravilhosos e que meus sentidos ainda não percebem. Que existe muito a alcançar além desta “medíocre” e limitada percepção. E para isso é preciso “curar” a cegueira, é preciso ter olhos de ver e ouvidos de ouvir.


Porque pensamos sempre as mesmas coisas, sentimos as mesmas coisas, vida após vida?

E porque nos prendemos numa armadilha de conceitos puramente terrenos e esquecemos de buscar o entendimento espiritual? E o interessante é que, muitas vezes, buscamos nas casas religiosas, de qualquer denominação, o conhecimento e o entendimento. Só que o fazemos fortemente ancorados nas nossas personalidades do passado. E analisamos o conhecimento adquirido como ser terreno e não como Ser Espiritual, Imortal, em processo evolutivo, que realmente somos. Realmente Somos, porque a realidade é que somos um ser espiritual tendo uma experiência terrena. E lutamos, brigamos para, ao contrário, sermos um ser terreno com uma experiência espiritual. Ainda somos como crianças brigando, fazendo beicinho para brincarmos com uma faca ou para colocarmos o dedo na tomada. E, na maioria das vezes, conseguimos repetir a experiência dolorosa de brincar com a faca, com o fogo ou colocar o dedo na tomada. Mas como os nossos Mentores tem por nós amor incondicional, nos recebem com carinho e lamentam a repetição de nossas experiências. E nos acompanham com carinho.

Qual a nossa missão pessoal nesta encarnação? Para que nos foi concedida a oportunidade deste estágio numa época onde todo sofrimento existencial é classificado como doença e que uma parte da ciência, a oficial, pretende “curar”? E “curar” produzindo quimicamente um estado de equilíbrio, impedindo desta forma que o Espírito habitante do corpo manifeste suas dificuldades. Mas como será do outro lado da vida, onde a química não vale, pois não existe a barreira do cérebro e a mente esta livre para atuar? Se a cura não chegar a mente espiritual onde estagiará este Espírito até perceber os seus amigos espirituais? Qual será o estado consciencial deste Espírito?

Por isso A Inteligência Suprema e Causa Primária de Todas as Coisas, coloca à disposição das almas todo um arsenal de tratamentos físicos, existenciais e espirituais para que “nenhuma ovelha se perca” no emaranhado mental, aqui ou Além.

Estamos submetidos, todos, a uma única lei, que é inexorável: a evolução. Alcançaremos o reino Crístico um dia. Depende de nós a velocidade. Seremos, todos, LUZ. Por isso Ele nos pediu com olhar manso e sereno, sabedores de nossas dificuldades, mas sabedor também, de nossa Potencialidade Divina: QUE BRILHE VOSSA LUZ!

Por Ruth Barbosa – contatos: ruthbar@uol.com.br

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