domingo, 3 de julho de 2011

A consciência como função de onda


Muito bem, então a nossa consciência é uma função de onda, que possui uma freqüência e uma amplitude.

                Se uma pessoa estiver num estado alterado de consciência, ou por uso de drogas, ou por que está entrando numa psicose ou outra situação de desequilíbrio, ela vai mudar a freqüência da amplitude de onda da consciência. Com isso, ficará mais projetada na dimensão espiritual, na área subconsciente, e mais distante, da biológica; estará mais voltada à abordagem espiritual, para a interatividade com o além, ou para o subconsciente, perdendo a definição de imagem da realidade biológica. 

                Nessa posição, a pessoa vai ter dificuldade de manter o raciocínio lógico coerente, na verdade, há uma mistura de aspectos que ela capta da dimensão espiritual, do seu inconsciente e da sua realidade biológica.

                Assim, ela vai trazer para a sua realidade, elementos do discurso da vivência espiritual, subconsciente e biológica. Há pouca definição de imagem com uma fragmentação do discurso, próprio dos transtornos dissociativos, dos quadros psicóticos ou popularmente chamados quadros de loucura.


                Então, aqui, ela recebe uma interferência de personalidades intrusas, outros Espíritos ou entidades, tem uma vivência toda própria da dimensão espiritual, ou elementos de suas vivências passadas, do seu próprio subconsciente, tudo isso somado a uma visão fragmentada da realidade. Nisso se constitui o discurso da loucura: pseudo-ilógico.

                Digo pseudo-ilógico porque, nesse discurso, se você consegue discriminar do fraseado tudo o que a pessoa diz, separando o que é influência espiritual, do que é da dimensão subconsciente e da biológica, você entende a lógica do que está acontecendo com a pessoa.

Vou mostrar o exemplo de um paciente que está oscilando de acordo com estas características. Esse paciente pintou estes quadros que se seguem. Pedi que, em cada estado, ele desenhasse e pintasse uma tela, já que era habilidoso nisso. Vamos observar alguns detalhes dos quadros.



Observe esses prédios: o paciente está em cima de um deles, indicando, inclusive, uma tendência suicídica. Veja como ele está se enxergando: fora do corpo, porque está voando, enquanto o corpo está em cima do prédio. A visão de realidade dele é psicodélica, colorida, florida, delirante. Temos, aqui, um estado de transe, uma alteração de estado de consciência, e elementos do universo subconsciente, traduzidos por delírios e uma vivência espiritual que é o deslocamento do seu corpo.


Essa, ele viveu a dimensão espiritual própria dos
estados de transe, ele vive a dimensão espiritual

Muito bem, após um período de tratamento em que ele recebeu medicação, tratamento psicológico e espiritual, ele entrou numa segunda fase. Queremos ressaltar o valor das medicações, quando indicadas de forma correta, porque elas ajudam o paciente a ancorar -se na realidade biológica, bloqueiam o fenômeno de transe. 


Aqui também, da mesma forma, ele vive a dimensão espiritual, a consciência está mergulhada no espiritual e no subconsciente.
Veja, aqui, o relato de como ele se entrega ao tratamento. Observe essa figura, ela mostra como ele está buscando ajuda e se entrega ao tratamento. Vê-se que ele está deitado como se fosse num berço ou no colo, inteiramente entregue ao tratamento. Muito bem, o que ele vê? Vê luzes aproximando-se dele, referindo-se ao tratamento espiritual. Ao mesmo tempo, vê-se saindo de si ou sendo dissecado, descreve rostos que seriam Espíritos que o possuíam, que o estavam perturbando. Espíritos obsessores, conforme o seu relato. 




Dando continuidade ao tratamento, o paciente passa por uma outra fase, em que ele já se centraliza na vida biológica, apenas não está encontrando a sua identidade: quem sou eu, afinal de contas? Está em busca de uma identidade, quer dizer, ele já está se centrando mais na dimensão biológica, apenas ainda não focalizou com perfeição, a busca da sua identidade.
Aqui ele já procura se centrar, procura um foco na dimensão biológica

 
 Finalmente, na continuidade do tratamento, vamos ter uma fase em quem que o paciente se centraliza, passa a vivenciar a experiência biológica no universo corporal. No plano de fundo, os retalhos de tudo o que passou e um grande questionamento: o que aconteceu comigo? 
 E aqui ele consegue se centralizar, vamos dizer assim, ele se centraliza, a função de onda de consciência se centraliza aqui mais próximo da dimensão biológica.



 Então o que está acontecendo? O que está havendo?

                Em nossa vida percorremos os diversos espaços das nossas dimensões: a interior, a espiritual e a biológica. A variação dos padrões de oscilação vão caracterizar os diversos estados alterados de consciência, inclusive os patológicos, as diversas doenças.

                O que nós vamos estudar é como é que tudo isso se processa dentro do nosso cérebro, no nosso psiquismo. Como é que se dão os fenômenos da nossa ligação com o mundo espiritual, e o que é que alteram em termos de comportamento, o que é mediunidade.


Trecho retirado do curso ministrado pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira no Lar Espírita Servas de Maria.
Tópico 3 - A nossa consciência é uma função de onda. Curso Mediúnico - Fenomenologia Orgânica e Psíquica da Mediunidade - 2004 - Apostila 16 - 23ª aula - 23.08.2004

Para acessar a apostila na íntegra, clique no link: 


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